Sindimov-MG estima crescimento da demanda em Minas entre 15% e 20% após os quatro primeiros meses do ano
A indústria moveleira mineira registra uma retomada em 2024 em relação ao ano passado | Crédito: Divulgação / Andre Gomes de Melo
A demanda de 2024 tem sido sensivelmente melhor do que ano passado para a indústria de móveis em Minas Gerais. É o que afirma o presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário e de Artefatos de Madeira no Estado de Minas Gerais (Sindimov-MG), Maurício Souza Lima. O setor moveleiro tem sido impulsionado especialmente por uma retomada de um segmento que está atrelado à sua atividade: a construção civil.
Após os quatro primeiros meses deste ano, o presidente da entidade estima que a demanda do setor esteja de 15% a 20% superior ao mesmo período de 2023. O ano passado foi uma época de preocupação para o empresariado do setor, que enfrentou incertezas e segurou investimentos com o início do novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Já neste ano, superado os tempos de dúvidas, o setor retomou a confiança com o crescimento econômico de Minas Gerais e do Brasil, constatado na construção civil, segmento de suma importância para a indústria de móveis. “Esses programas que estão voltando, como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que foi lançado novamente, ajudam muito a melhorar a indústria moveleira, porque a gente está atrelado à construção civil”, disse Lima.
A queda da taxa básica de juros (Selic), realizada pelo Banco Central (BC), facilitou a abertura de financiamentos e também contribuiu para o desempenho do setor. Segundo o Sindimov, a expectativa é que o setor cresça cerca de 15% no Estado em 2024 em relação ao ano anterior.
Tragédia no Sul não afetou setor de móveis em Minas
Maurício Souza Lima ressalta que uma boa parte dos insumos da indústria de móveis de Minas Gerais vem do Rio Grande do Sul, além de São Paulo, já que o Estado não conta com estes fornecedores. Mas, apesar da tragédia climática no estado gaúcho, com profundo impacto na economia e infraestrutura local, o setor em Minas ainda não foi prejudicado pela falta de insumos.
“Não afetou nada ainda não. Por enquanto a gente está conseguindo os insumos. Às vezes demora um pouquinho mais para chegar, uns dois, três dias, mas está tendo ainda a entrega”, afirma o presidente do Sindimov. Ele conta que, até o momento, as empresas associadas ao sindicato não sinalizaram nenhuma adversidade no abastecimento dos recursos de suas cadeias produtivas que tenham origem no Rio Grande do Sul.
Fonte: Site Diário do Comércio
Postado em 27/05/2024
